fevereiro 27, 2004
MAR perplexo
Com estas correrias atrás da vida, só agora soube que:
1. Um director da PSP, motociclista impenitente, mandou um 'malho' com a sua mota num viaduto de Lisboa onde o trânsito é vedado a motociclos... Parece que nunca se tinha dado conta da existência do sinal de proibição...
2. Fátima Felgueiras irá receber uma indemnização, salvo erro porque o Estado teria deixado de lhe pagar as remunerações pelo exercício do seu cargo de Presidente da Câmara de Felgueiras...
Bem eu me farto de dizer que os bons exemplos vêm de cima!
fevereiro 26, 2004
Mar estagnado
Passei, hoje, de carro, pelas obras do túnel do Marquês, em Lisboa... Passei é uma forma de dizer, pois demorei tanto por ali que nem sei se não terei por lá ficado!...
Bem, mas a questão em que meditei naqueles longos, muito longos momentos, foi esta: se o presidente Santana pavimentasse bem as vias de circulação de Lisboa; se se munisse de agentes que
impedissem liminarmente o estacionamento indevido - sobre passeios, em segunda ou terceira fila, etc., etc. - e que circulassem pela cidade para controlar os energúmenos em que todos nos vamos tornando na selva do trânsito urbano, se se definisse um horário, a horas mortas, para cargas, descargas e entregas desvairadas, e sei lá que mais... não seriam estes bons passos para sentir uma lufada de ar fresco no trânsito citadino? E o dinheiro que se está a gastar no túnel, não ajudaria para tudo isto?
Não, não proponho uma panaceia milagrosa para o problema. Só estou a pensar em aligeirar o drama... e disciplinar o povão, que também é preciso. E, para tanto, não há necessidade de chicote. Fala-se de regras de bom viver, apenas, e do seu bom cumprimento.
Enfim, tal como aconteceu com a autoestrada de Cascais, fica-nos a certeza de que teremos melhores vias para chegarmos mais depressa aos fatais engarrafamentos da selva. E, ainda por cima, pagando, que o português é danadinho para pagar estas tretas!...
Esta objectiva estupidez já será herança genética? Ando preocupado...
fevereiro 23, 2004
Mares de Vida
Há dezassete anos que me faz falta o José Afonso.
Durante outros tantos soube dele a companhia, o exemplo, a vontade e o canto.
Há dezassete anos que se canta José Afonso.
Há vozes que nunca se calam.
Visitem http://maiorqueopensamento.grupos.com.pt/2004/02/o_dia_z.php, tragam outro amigo, também, e talvez nos encontremos...
MAR com estrelas
Uma ave-do-paraíso segredou-me:
Tu sabias? Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8...
A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também simboliza infinito, ou seja, noite significa, em todas as línguas, a união do infinito !!!
Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano : notte = n + otto
- Não é uma informação transcendente, talvez. Mas poderá proporcionar inspiração para um poema...
Maré de Carnaval
Chega-nos, do reputado repórter e cronista dos sécs. XV e XVI, Sr. Leonardo, o veemente protesto pela apropriação abusiva e não autorizada por parte de D. Janet Jackson, de uma composição sua aquando da evocação da Madona Litta, ocorrida aí por volta de 1490.
Efectivamente, o envolvimento é manifestamente idêntico, sendo até de ressaltar que, na imagem invocada, o figurante tem o cuidado de, pudicamente, encobrir a auréola do mamilo de D. Madona com os seus próprios lábios, evitando assim uma exposição aviltante da estrela...
Na ausência de pedido de desculpas público, pode admitir-se a entrada de respectivo processo por violação de direitos de autor.
fevereiro 20, 2004
MAR De Descobertas
Já descobri! Portugal é um portal para o mundo paralelo de que tanto falam os ficcionistas!...
Acreditem, não gosto do Vale e Azevedo qualquer que seja o perfil em que o veja. Mas aquilo não se faz a um cão! Não há limites para a indignidade?
E ele tem de haver sempre uma mão-cheia de abrutalhados prontos para cumprirem uma ordem tão abrutalhada quanto eles? Digam-me cá: se vos entregassem um 'papelinho' daqueles, vocês cumpriam? Sem discutir, sem questionar? Vocês cumpriam?
No dia seguinte, toda a gente acha que aquilo foi indigno! E é a unanimidade nacional! Queres ver, foi algum extraterrestre que deu a ordem de prisão ao VeA só para subverter e estabilidade portuga.
Por isso, eu acho que Portugal é um portal escancarado para um mundo paralelo... E penso que fica ali para os lados do Terreiro do Paço, ninguém me tira isso da cabeça! Vocês bem vêem o que aconteceu ao Metro... Depois, não digam que não vos avisei!...
fevereiro 19, 2004
MARES DE ESCRITAS
A propósito da 'entrada' anterior, aqui vai um texto algo a propósito que ainda há pouco fiz e remeti aos meus amigos, empenhados em mares de escrita. Espero que vos seja útil.
LENDO "COMO UM ROMANCE", DE DANIEL PENNAC
Oh amizades minhas feitas pelos caminhos das escritas!
Estou a ler um livro de um "colega" que me era, até há bem poucos dias, um ilustre e anónimo desconhecido. Mão amiga e fraterna o lançou nos meus braços. E a hora foi uma hora boa.
Para todos vocês que escrevem e lêem, que juntam as palavras que vos são queridas, proibidas, necessárias ou lúdicas e assim intentam preparar e projectar um futuro para a humanidade, aqui ficam as apresentações: Daniel Pennac. O livro: "
Como Um Romance", Edições Asa, colecção "
Pequenos Prazeres".
Este livro está a ser, para mim, uma rara delícia.O autor, além de romancista, é pai e professor. Julgo-o recomendável para os romancistas, para os pais e para os professores. Os poetas não menciono, pois para eles tudo será recomendável.
E ex-cito: "... nós, que lemos e que pretendemos propagar o amor ao livro, preferimos frequentemente ser comentadores, intérpretes, analistas, críticos, biógrafos, exegetas das obras que emudecem devido ao piedoso testemunho que damos da sua grandeza. Aprisionada na fortaleza da nossa competência, a palavra dos livros é substituída pela nossa palavra. Mais do que deixar a inteligência do texto falar por nosso intermédio, remetemo-nos à nossa própria inteligência, e falamos do texto. Não somos emissários do livro, mas os guardiões arregimentados de um Templo de que elogiamos as maravilhas com palavras que fecham portas..."
De repente, apeteceu-me oferecer a cada um de vós um exemplar.
O homem tem uma graça fluida no alerta para os direitos fundamentais do leitor: "o direito de não ler; o direito de saltar páginas; o direito de não acabar um livro; o direito de reler; o direito de ler não importa o quê; o direito de amar os "heróis" dos romances; o direito de ler não importa onde; o direito de saltar de livro em livro; o direito de ler em voz alta; o direito de não falar do que se leu".
Subversivas e salutares recomendações ou lembranças, a nós tão perdidos em figurinos "oficiais"!
Se Cervantes encanta e Saramago assarapanta, Daniel Pennac - em comparação sem problemas de ortodoxia - está a deliciar-me. Cada página sua é um conjunto de desvelos em prol do livro, da sua intrínseca identidade e da sua cumplicidade pela leitura. Quase diria que me ajudou a reencontrar os meus próprios carris para a viagem que intento.
Como sempre e com esse fardo fantasmagórico da humildade, fica-me a dúvida quanto à objectividade da minha avaliação, para além da paixão súbita e passageira. Por isso, façam-me (e a vós mesmos) um favor: leiam-no e depois digam-me se não ficaram a respirar melhor.
Citação de encerramento: "O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque sabe que é mortal. Vive em sociedade porque é gregário, mas lê porque se sente só... Os raros adultos que me deram livros a ler, fizeram-no sempre de modo muito discreto, e nunca me perguntaram se eu tinha compreendido. A esses, evidentemente, eu falava das minhas leituras. Vivos ou mortos, ofereço-lhes estas páginas.".
Um abraço sem mais palavras.
MARÉ DE PALAVRAS ESCRITAS
Luís Ene propõe-nos um concurso literário. Visitem-no em http://milmaisuma.leiturascom.net
Os prémios são fantásticos! Para os que se queixam - às vezes, até cheios de razão - de falta de oportunidades, aí está uma.
Ai de quem eu souber que não concorreu!... (Vocês sabem a quem estou a dirigir-me...)
MARÉ DE GRAÇA (é de borla, não pagam nada...)
A OrCa vê-se, por vezes, grega para inventar o tempo necessário para vir até aqui... Hoje, sonolenta e esfomeada, a OrCa apenas partilha um pequeno primor que mão amiga lhe fez chegar recentemente:
Numa reunião com o presidente da Suíça, o Durão Barroso apresentou-lhe os seus ministros :
- Esta é a Ministra da Justiça, esta é a ministra dos Negócios Estrangeiros, este é o Ministro da Educação, esta é a Ministra das Finanças ... etc.
Chegou a vez do Presidente da Suíça :
- Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro dos Desportos, este é o da Educação, este o da Marinha ...
Nessa altura, Durão começa a rir :
- Ah! Ah! Ah! Para que é que vocês têm um Ministro da Marinha, se o vosso país não tem mar ?
O Presidente da Suíça então responde :
- Não seja inconveniente, quando você me apresentou os seus Ministros da Educação, das Finanças e da Justiça eu também não me ri...
fevereiro 18, 2004
Há ondas assim...
A OrCa tem destas fra(n)quezas: às vezes julga-se lírica e lá vai disto. Para vocês, que me visitaram,
Ao sabor da corrente
Passo a passo
do que eu faço
recebo de vós o abraço
Não foram muitos
só mil
alguns beijos
cem abraços
cem olhares
duzentas mãos
São o que são
mas assim
se faz o chão
dos meus passos
Peço meças às pessoas
àquelas em que me enlaço
um regaço quente sinto
pressinto o calor de um braço
sei-te bem ali defronte
desafiante pessoa
aventura estimulante
por neblinas filtrada
um sonho fugaz que voa
um fio de rio estreito
que a tormenta agiganta
e que já é mar depois
Éramos dois na contenda
Somos quantos mais agora?
Somos tantos que a aurora
Nos enche de madrugadas
Somos tantos que o mar
Só para nós se faz corrente
Somos tantos que apetece
Sermos só nós o bastante
Deste fluir que parece
Sermos tudo de repente
A percorrer tanta estrada
Lançada em caminhos novos
Olhar cheio de futuro
Com mãos vazias de nada
E nem o fogo nos funde
Sendo assim tão feitos de aço
Neste cadinho da vida
Que o dia-a-dia confunde
Tempera-nos a solidão
Quanto nos molda um abraço
Passo a passo
Assim me faço.
A OrCa espera, sinceramente, que façam o favor de ser felizes!
fevereiro 17, 2004
MAR de dúvidas
Recessão? Ai, não!... É cada um de nós (pelo menos, a maioria) olhar para a carteira e desvendar-lhe os despojados interiores, como há muito tempo não acontecia. Uma pouca-vergonha, aqueles interiores todos à mostra!
Mas ele há ilhas: depois de não-sei-quantos-anos a acumular prejuízos, a TAP aproveita a recessão e zás!, apresenta uns lucros do caraças! É como os bancos: nunca tiveram tais lucros!... Dá para perceber? E o meu velhote que tanto queria que eu tivesse estudado economia... Devia ser com um receio adivinho de que eu desvendasse assim a minha ignorância em hasta pública.
Já a maior parte das empresas públicas continua a dar prejuízo. Mas isso não é mau. Assim c'umàssim, sempre nos transmitem uma confortável sensação de estabilidade, de continuidade, que anestesia o
stress nacional.
A gasolina "liberalizada" ficar cada dia mais cara, também já nem se estranha. Estranho seria o contrário. É a "concorrência" à portuguesa, no seu melhor e o Zé Povinho a servir de tambor ou de pião das nicas.
Agora aquilo da cerveja Sagres em lata sair, em Espanha. 14 cêntimos mais barata do que em Portugal, isso é que não é admissível! Abaixo um governo que permite que tal destempero ocorra, com incidência tão marcante na identidade nacional e tão mau exemplo para a malta mais nova! De certeza, certezinha, que aquilo é boicote ao 2004 e devem estar todos feitos com as máfias da Casa Pia e com o afundamento do Prestige!
Há coisas que, realmente, fazem sentir - de forma candente - a necessidade da mudança. Resta saber de quê: de governo, de povo, de país?... (Mas olhem que esta diferença de preços na Sagres é grave!... Não parece, mas é!... Vocês brincam, mas olhem que isto é muito sério...)
É que um tipo distrai-se com estas coisas e, de repente, zás! outra vez, e cai-nos um Santana Lopes na sopa da Presidência!...
fevereiro 16, 2004
Maré de milhar
Passo a passo, do que eu faço
recebo de vós o abraço...
Não foram muitos, só mil
alguns beijos, cem abraços
cem olhares
duzentas mãos...
São o que são
mas assim se faz o chão
dos meus passos.
fevereiro 15, 2004
MAR de Opinião
Em 15 de Fevereiro de 2003, uma parte significativa da população mundial manifestou-se, um pouco por todo o mundo, para além de bandeiras ou religiões e porventura em números sem precedentes,
pela paz, contra a guerra e contra a ocupação do Iraque.
Foi, portanto, há um ano. Se alguma coisa ficou melhor no mundo, se ele ainda 'pula e avança', ficou isso a dever-se bem mais a esta atitude activa, do que à manutenção da guerra ou à ocupação do Iraque.
Este ano, o dia será o próximo 20 de Março. Pelas 15 horas, do Largo de Camões à Praça do Município.
Se acharem que ainda vale a pena plantar uma macieira, não se esqueçam de o anotar nas vossas agendas.
fevereiro 12, 2004
Maré de cada-um-faz-o-que-pode...
Recebi, no meu pc, esta terrífica mensagem. Prova inequívoca de que o mundo está perigoso! Continuem a ter medo, a ter muuuuito medo!!!
Hi,
I'm a Portuguese virus, but because of poor technology in my country I am not able to do anything with your computer.
So, please be kind and delete an important file on your system and then forward me to other users.
Thank you.
(Pronto, está bem, eu traduzo:
Olá, eu sou um vírus português, mas por causa da fraca tecnologia existente no meu país, não consigo fazer nada no seu computador.
Por favor, seja simpático e apague um ficheiro importante do seu sistema e, depois, passe-me para outros utilizadores.
Obrigado.)
fevereiro 11, 2004
Maré de Atitude
Talvez a temeridade seja desmedida, roçando a inconsciência. Mas há uma inefável satisfação interior que nasce de gestos ou atitudes simples como esta:
(... Quanto ao vernáculo, tirando o facto de estar em inglês, é ele que reforça a graça da tal atitude. Que me perdoem os puristas. Já em relação aos puritanos... tenham santíssima paciência mas, hoje, não estou com paciência!)
MAR Cínico
Não sei se poderá estabelecer-se alguma ligação emocional à entrada anterior, acerca de economia... Mas, de alguma forma, um diabinho de cornito mais retorcido estabeleceu um 'link' a esta pilhéria, nada tendo a ver uma coisa com a outra:
Disseram a Fidel:
"A situação em Cuba está tão má que as universitárias se tornaram prostitutas".
Fidel respondeu :
"Não é bem assim, a situação em Cuba é tão boa que até as prostitutas são universitárias".
fevereiro 10, 2004
MAR congestionado...
09 de Fevereiro de 2004 - “Prós e Contras”, RTP 1 - Tema: Economia.
Simplesmente fantástico! Não, a sério!... Seis eminentes economistas, seis, redondos de conceitos e acutilantes na análise, desdobraram postulados, chicotearam-nos a autoestima, gritaram outra vez o Ipiranga... mas não explicaram à trabalhadora despedida da BRAX porque é que ela e as outras colegas só ganhavam 375 euros por mês quando o patrão alemão decidiu - economicamente, dir-se-ia - ir explorar as romenas, depois de ter esvaziado a teta das portuguesas, perante a complacência do nosso Estado.
“Prós”: Fernando Ulrich, João Talone, António Borges.
“Contras”: Pina Moura, António Almeida, Campos e Cunha.
Seis eminentes economistas, seis, todos com responsabilidades das gordas na área da economia nacional, concluíram que, afinal, entre prós e contras, estão todos de acordo! Os espanhóis são melhores? Venham eles, que nós somos bons cum’ó caraças e queremos é desafios e competição! Os irlandeses apostaram na educação e em trinta anos tornaram-se num caso único de sucesso na economia mundial? Pois, apostemos também na educação, carago! Estamos à espera de quê? E metamos veterinários a fazer de engenheiros civis, engenheiros de máquinas a fazer de gestores, advogados a fazer de amanuenses, psicólogos a varrer ruas...
Quando o único telespectador referiu, ao telefone, que os portugueses são bons no estrangeiro, não apenas porque há melhor gestão empresarial e dispositivos regulamentares mais eficazes, mas porque GANHAM MAIS e, assim, se sentem mais motivados porque, obviamente, o seu trabalho COMPENSA, já para nem falar do enquadramento social em que são mais protegidos do que na terra-mãe, os seis eminentes economistas, seis, mantiveram um generalizado e pudico silêncio... talvez comprometido.
Toda a gente é unânime em propalar aos quatro ventos que, em Portugal, o problema é a gestão. Eles próprios assim o confirmaram. Localizada, sectorial, estatal, o que se queira. Mas de gestão. E o que dizem a isso os nossos gestores? Que sim. Que é verdade! E daí? Nada, pois todos eles são casos inequívocos de sucesso aquém e além-mar! Onde é que estarão, então, os maus gestores? Queres ver que foram para o Canadá, para o Luxemburgo ou para a Irlanda?
O compadrio tentacular e cancerígeno, que mina todas as estruturas públicas e privadas, em Portugal, premiando os afilhados mas com um horror cósmico à competência e à eficácia, é silenciado despudoradamente por todos estes brilhantes e comprometidos analistas, que nos arrasam com as suas teses e nos desgraçam, ao mesmo tempo, com as suas práticas.
E, depois, a “lógica” de competição empresarial é esta: um director que nada faz, mas é recomendado pela cunha, aufere 7.500 euros mensais, fora todas as consabidas mordomias. Na mesma empresa, o escriturário que se esfalfa a tapar as incontáveis porcarias que todos os dias lhe “caem no prato”, por força de generalizadas incompetências, leva para casa, nas “boas” e grandes empresas, 1.000 euros mensais... e vai com sorte mas sem mordomias. Quando toca a fazer saneamento básico da empresa, estes dois “colaboradores” representam uma massa salarial de 8.500 euros, para uma produtividade que se fica 70% abaixo, por exemplo, da de “nuestros hermanos”. Que fazer? Simples: Corre-se com o escriturariozito, poupam-se, de imediato, uns tostanitos através das conhecidas “engenharias” contabilísticas... e pronto! O país fica mais pobre, mas aquela empresa já só tem quadros altamente qualificados.
Até que se faça o próximo levantamento de produtividade o problema está resolvido. É o progresso e a convergência europeia em todo o seu esplendor!...
Heróis do mar, nobre povo, nação valente!...
fevereiro 07, 2004
Maré viciosa
Vemos, ouvimos e lemos... Não podemos ignorar.
"Uma agenda muito (pouco) completa
Li na Visăo que a agenda que assinala o 10º aniversário do Ano Internacional da Família (concebida pela Coordenaçăo Nacional para os Assuntos da Família, sob a tutela do ministro Bagăo Félix), contempla todos dias e mais alguns (da măe, do pai, dos avós, do aniversário do Oceanário) e até inclui algumas receitas, como a do “Bolo Espera Marido” (!?)… . Esqueceram-se no entanto de assinalar o 25 de Abril!!!
Terá sido um lapso?? De lapso em “lapso”… văo-se notando os tiques de outros tempos! Só faltava mesmo terem posto um dia da “Outra Senhora”…
Neste contexto, é de ler o artigo de Fernando Rosas, “A Direita Lusitana e o 25 de Abril”, publicado ontem no Público."
Autor:
André Luz, no jornal on-line Grăo de Areia
fevereiro 06, 2004
Triste mar...
Ao olhar para a camisola 29 sobre a qual se exorbita, da hipocrisia ao mau gosto, um certo marketing benfiquista; ao olhar para a mama (uma) da mana Jackson que move mais vontades cibernautas que as duas torres e quantos nelas ficaram; ao olhar para os lucros dos bancos privados portugueses que, em anunciado ano de recessão, apresentam em 2003 lucros superiores em 30% relativamente ao ano anterior... não consigo deixar de questionar os meus botões acerca do mundo estranho em que nós sobrevivemos.
Uma amiga minha, que julgava ter uma vida inteira pela frente e uma vontade enorme para a viver, soube hoje que, afinal, lhe restam escassos e irremediáveis meses de vida.
A OrCa, triste até às lágrimas, não consegue impedir-se de questionar os seus botões acerca do mundo estranho em que nós todos sobrevivemos. E a OrCa, hoje, não consegue nadar para longe deste mar de tão imensa tristeza que lhe tolhe os movimentos...
fevereiro 05, 2004
MAR PORTUGUÊS
Um pouco farto e já com tendência para a perturbação linguística pela repetição (escrita) constante do termo "maciça", para referir as virtuais armas existentes no Iraque, aqui fica um reparo para os improváveis milhões de visitantes que falam e escrevem (ainda) em português:
- As armas que os States fizeram de conta que procuravam no Iraque seriam - se tivessem sido encontradas - armas de destruição MASSIÇA e não 'maciça', como tanto se vê por aí escrito.
Maciço, com Ç, é sinónimo de compacto. MaSSiço, com dois 'esses' tem a ver com massas, maralhal, montes de malta.
Ora, às tais armas chamam-lhes assim porque se destinam a abater, de uma assentada, montes de malta, maralhal imenso, e não porque caibam no bolso de trás das calças de um mal amanhado taliban ou de um "operações especiais" norte-americano!...
Palavras homófonas, portanto. Terríveis, lamentáveis, execráveis ou malditas, se quiserem. Mas homófonas. Entendido?
Digam "em massa", "massivas" ou "mássicas", mas não escrevam "maciças", que parece mal à avó...
Muito grato pela atenção.
Mar de Blogs
Bloguítica (http://bloguitica.blogspot.com) sugere/solicita um comentário (de 50 a 125 palavras) acerca de como será a blogosfera daqui a um ano. Creio que não andará longe disto:
Em 2005, a Blogosfera Lusa será rectangular e compacta.Cada português terá o seu blog e será condicionante de parto assistido e atribuição de abono de família que cada progenitor iminente faça prova de já ter criado, a par com o nascituro, o blog que este virá a utilizar...
Em 2005, então, graças ao turbilhão incontável e frenético de troca de mimos entre blogs, o país parará, definitivo e irremediável. Como a Terra, entrementes, continuará a gravitar, insistente e obstinada, Portugal, quiça por efeitos de inércia ou centrifugação, destacar-se-á do Planeta Azul e - como na Jangada de Pedra do Saramago - singrará Universo fora, cumprindo-se, por fim, o nosso destino aventureiro e descobridor, em busca da diáspora perdida... E o Universo ficará, decerto, mais rico, mais feliz e mais profundo!
Saudações da OrCa.
fevereiro 04, 2004
Maré de Gralha (Reveladora?...)
Remuneração acrescida de IVA???
Que a desregulamentação do mercado do trabalho está na ordem do dia, já é coisa vista. Que muitos dos seus mentores espirituais, quando não ideólogos, são crocodilos de grandes e salgadas lágrimas, até os espíritos mais incautos vão descobrindo...
Agora, que neste caminho resvaladiço deva haver alguma discreta contenção, não vá a precipitação espantar a caça, julga-se recomendável.
Ora, no exemplo abaixo, a contenção andou de todo arredia e fico sem saber se é o pé que foge para a chinela, se o 'lapsus' é meramente 'linguae' ou se se tratará de sondagem encapotada à capacidade de reacção do Zé Povinho... Para que conste e me ajudem com os vossos ajuizados juízos, aqui vos deixo à apreciação a última revelação da capacidade criadora de quem vai presidindo aos nossos destinos:
fevereiro 03, 2004
Adeus, tio João
Morreu-me alguém. Muito perto e muito longe. Vou, até lá, dizer-lhe adeus.
Ficarei com mais uma boa memória para guardar. Não guardo lágrimas, mas um sorriso.
Ergo-te, uma vez mais, a minha taça, tio. Brindemos...
Volto já.
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