Todas as coisas têm o seu mistério
e a poesia
é
o mistério de todas as coisas
Federico García Lorca
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 09:43 |
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 17:57 |
do Luís Roxo
Se fosse Natal todos os dias não estaria agora a desejar-te um Bom Natal. Em certo sentido, até poderia considerar que o Natal, enquanto celebração de um nascimento, o é diariamente se não esquecer, e alguns povos da antiguidade acreditavam nisto, que o despertar matinal é, em si, algo semelhante a um renascer. O velho conflito entre a luz e as trevas.
Por outro lado, sendo o Natal praticamente coincidente com o solstício de Inverno, que em poucos dias antecede aquela data canónica, poderiamos ainda, e com fundamento natural, celebrar o regresso da luz aos domínios da escuridão, tal como o faziam os antigos. Uma memória remota!
Mas a moderna civilização contemporânea não pode perder tempo com antiguidades. A ocidente do mundo, o velho mundo ocidental festeja quase tudo o que já esqueceu.
Para (te) relembrar, apesar de (te) relembrar com frequência, aqui deixarei o meu testemunho (quase convencional) e que, habitualmente, deixamos gravado nesta data.
E para não ser desajustado desejo-te “Um Bom Natal e Um Feliz Ano Novo”, sem esquecer que, a partir de hoje, os dias serão cada vez mais luminosos e a temperatura do ar acabará por subir.
Mas quando, nas tímidas e frias manhãs de Janeiro, nos for dado observar no céu o cintilante brilho de Vénus, poderemos redescobrir, na aparição daquele que leva a luz (lux ferre), que nem sempre o que celebramos é uma ficção.
Luís Roxo
*
do Francisco Torres
não são fáceis as palavras para do Natal falar
em nós estão mas não claras
em trambulhão constante do melhor e do pior
do feliz e do infeliz
do roto do pobre do nu do rico
não são fáceis as palavras em tempos de natal
elas estão aí apesar de tudo
em mentes corajosas que teimam
em ver estrelas no horizonte
e querem ser magos reis que se desprendem
e voam de seguida para as seguir
encontrar a estrela o seu rasto
que seja esse o caminho do natal
do nosso ou de quem o quiser
Abraço
Francisco
*
do Manuel Freire
(com a irreverência e o eterno combate contra aqueles que não sabem que o sonho é uma constante da vida...)
Neliz Fatal, Foas Bestas e Épinuir!
Manuel Freire
*
do Miguel Brito (com o seu especial e assumido carinho pelos carochas...)
*
da Edite Gil
O NATAL DA MINHA INFÂNCIA
Na minha infância
O pinheiro de Natal era um pinheiro
Um pinheiro sempre verde
O cheiro…
O cheiro era o de pinheiro manso
Algumas pinhas agarradas aos galhos
Ajudavam a vesti-lo de uma forma humilde mas genuína
A avó pendurava Pais Natal e sombrinhas de chocolate
E uma nota de Santo António para cada neta…
O avô amassava as filhós e acendia a lareira que
num canto da sala crepitava os sons de Natal…
Na minha infância
O Natal era ingenuidade e pureza
O Natal era a família
A paz, a harmonia
A pureza doa afectos
A solidariedade entre as pessoas
Era um menino semi-nu, numa manjedoura…
Na minha infância
O Natal não era consumismo
Nem presentes caros
Nem mesas ricamente adornadas
Fomentando vergonhosas ostentantações…
Na minha infância
O Natal era simplesmente
Amor
Na minha infância
Os presentes eram singelos
Os presentes eram deixados às crianças,
Não eram encomendados por elas,
Mas eram uma nascente de genuína felicidade
Que nos rasgava o rosto
Com um sorriso franco da alma
Na minha infância
Não era obrigatório oferecer presentes
Davam-se de coração, eram verdadeiros
Na minha infância
O Natal tinha um brilho especial
Edite Gil
*
NATAL
do Jorge Castro
o Natal não está porreiro
pá
tal estão as coisas por cá
de Dezembro a dar-a-dar a Janeiro ao deus-dará
(venha um Fevereiro faceiro mais curto para respirar…)
mas o Natal de azevinho
da rabanada e romã
era o princípio de tudo
hoje é o fim
vejam lá!...
começa já em Outubro - sugam-nos osso e tutano
faz-se do Natal Entrudo que se paga todo o ano
fim do ano com acerto que desacerto amanhã
da prestação que é um aperto
do emprego que não há
do medo de vir à rua sem saber quem lá virá
de estar cada mão mais nua do aperto que não dá
de se viver do incerto que por certo morrerá
faz falta o Natal do início
da carícia do sentir
de viver no precipício por saber como voar
dos avós - do aconchego - do cachecolzinho de lã
do ar frio e da braseira
da prenda que alguém nos dá
de sermos livres de rir ou de bem saber chorar
de ouvir cantar os anjos bem cedo pela manhã
com harpas bombos e banjos em charanga que eu sei lá
de bater que sim o pé porque assim mesmo é que é
de não voar sobre as casas porque caíram as asas
mas cantando por ter fé no dia que lá virá
construindo cada dia em cada sítio onde há
uma réstia de alegria
o Natal - ah quem me dera – fosse a arte de ensinar
assim como quem espera ter o prazer de aprender
esse Natal
meu amigo
nunca terá existido…
mas p´rò que der e vier
está à mão de semear para quem o quiser colher
e eu cá o deixo contigo.
Freguesia do Castelo - Sesimbra
Exposição de Pais Natal de Ana Pérola no Espaço Zambujal
Está patente, desde o dia 15 de Dezembro, e até ao final do ano, uma exposição de Pais Natal, dedicada essencialmente aos mais jovens.
A exposição está aberta de segunda a sábado, entre as 10h00 e as 12h30, e as 14h00 e 18h30.
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 10:58 |
E porque a quadra é natalícia, poderemos prever libações e outros aconchegos, para que a poesia melhor flua, que o encontro é de bardos e é de brados...
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 00:04 |
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 09:18 |
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 17:40 |
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 22:51 |
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 22:10 |
Dia 5 de Dezembro, quarta feira, pelas 21,30, no Clube Literário do Porto, Rua Nova da Alfândega, 22, terá lugar a apresentação do Livro "murmúrios ventos" e CD "ternas alquimias", do autor Jorge Casimiro.
A apresentação a cargo do Prof. Dr. Anthero Monteiro, com acompanhamento musical do Maestro Francisco Tavares e Carlos Andrade. Declamador Luís Carvalho.
*
Hoje, dia da Independência, a nossa amiga Júlia Coutinho rodeia-se de amigos para comemorar o 60º aniversário, ali pela Associação 25 de Abril, em Lisboa.
Pessoa de convicções, de causas e de combates, parceira de blogs e outras aventuras, lá estarei nesse almoço de amizades. Lá lhe direi o poema que aqui lhe deixo:
à Júlia Coutinho, nos sessenta aniversários
se esta Júlia se senta
é algo de calendário
que muito pelo contrário
sei dela que se levanta
nem será mais do que pausa
no alento solidário
ter um dia no diário
sem abraçar uma causa
será pois causa de afectos
este feito extraordinário
de juntar em relicário
avós pais filhos e netos
tal operário em construção
que diz não ao salafrário
não faz de lutas sacrário
mas vertical condição
alma nobre ímpeto ardente
cumpre então aniversário
no dia um sem fadário
de Dezembro independente
no torpor de mau caminho
ou do viver ordinário
brindemos ao modo vário
da nossa Júlia Coutinho.
- poema de Jorge Castro
Afixado por: Jorge Castro (OrCa) / 10:01 |
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