novembro 28, 2008
22 Olhares Sobre 12 Palavras, em Lisboa
Na Livraria Barata (Avenida de Roma, nº 11 A, à Praça de Londres), em Lisboa e no dia 5 de Dezembro (sexta-feira), pelas 19h30, os 22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS voltarão à carga, agora pela «capital do império».
Cumprirei, uma vez mais e com o mesmo gosto, a função de ajudar este parto - neste caso, de gémeos - e terei, uma vez mais, o prazer de ter comigo a Estefânia Estevens e o Francisco Lampreia a provarem, urbi et orbe, que a solidariedade não é palavra vã.
novembro 23, 2008
os dias em que o tempo sempre falta...
Fim de semana alucinante, mas gratificante. Um pouco por toda a parte se combate afincadamente o cinzentismo e a massificação a que nos querem sujeitar.
Cada qual a seu jeito, com as armas que sabemos inventar.
- Sexta-feira, dia 21, um grupo de 21 alunos de uma escola pública de Cascais une esforços e, com o apoio e coordenação de professores - dos que sabem que a vida vai para além do Ministério da Educação - e lança o livro CASTELOS DE AREIA (edição da Apenas Livros), uma colectânea de textos, a cuja apresentação tive todo prazer em dar o meu contributo.
- Sábado, dia 22, no Palacete Viscondes de Balsemão, no Porto, é lançado o livro 22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS (edição da Edium Editores), também colectânea de textos nascida de um desafio criado entre a «comunidade» de blogs, para a apresentação do qual tive a honra de ser convidado e que veio a constituir-se, também, como uma excelente oportunidade de rever velhas amizades.
- Domingo, dia 23, nas Caldas da Rainha, Óbidos, Vau e Guisado, tempo ainda de participar no último dia do X ENCONTRA A FUNDA, oportunidade sempre irrepetível de fazer da alegria brejeira uma outra salutar forma de se respirar a vida.
Perdoar-me-ão por não me alongar em mais considerações mas, como diria o José Gomes Ferreira, amar muito também cansa... e este foi um fim de semana de papinho cheio!
novembro 20, 2008
22 Olhares Sobre 12 Palavras
22 se uniram em torno de 12 palavras, numa távola a que se convencionou chamar livro. Um jogo, um desfrute, uma colecção de cumplicidades.
(Ver mais informações aqui)
Uma outra vez, a «comunidade» dos blogs produz obra impressa, contra o cinzentismo dos dias.
E decidiram convidar-me para apresentar tal obra. Subida honra, enorme risco, que tentarei não defraudar lá por terras da invicta cidade.
O convite é dirigido a todos os que me visitem... e, já agora, fiquem com a informação de que haverá uma réplica deste lançamento, desta feita em Lisboa, no próximo dia 5 de Dezembro, pelas 19h30, na Livraria Barata (à Avenida de Roma).
Façam o favor de aparecer que isto sem vocês tem muito menos graça.
qualquer semelhança com realidades conhecidas é pura coincidência...
ou da arte de cavalgar o centro em qualquer sela
ao centro um
outro ao centro
numa pilhéria pegada
quem me dera vê-los dentro
um ao outro
à bordoada
da obtusa teimosia à ironia obtusa
fica Portugal pasmado já sem calção nem blusa
entre faduncho fanado e filósofo trafulha
ah quem me dera a mim vê-los
a puxarem-se os cabelos
numa jaula em bruta bulha!
... que o melhor mesmo é rir e rir cada vez mais alvarmente desta tropa fandanga e trampolineira!
novembro 16, 2008
Noites com Poemas
com o professor José Meco, os «Azulejos Falantes»
Na próxima quinta-feira, dia 20 de Novembro, a sessão das Noites Com Poemas, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, contará com a presença do professor José Meco, como convidado especial, que nos falará sobre os «Azulejos Falantes».
Como sempre, o convidado ajudar-nos-á a desvendar outros caminhos de abordagem poética ao mundo que nos rodeia. Como sempre, também, a segunda parte destinar-se-á à participação e à fruição poética de quantos marcarem presença.
A entrada é livre e o espaço está à nossa disposição. Venham daí.
UM AZULEJO
um azulejo
é um ensejo
de um quadrado
ser um bocado
do abstracto
se ver concreto
e seja azul nalgum painel
ou dimensão de capitel
que sobressai da cantaria
ele faz-se assim um fingidor
dando diversa noção de ser
o que não é
por não haver
mais do que o olhar
para essa cor
que algum pintor
pintou de cor
criando o espaço
muito maior
do que o seu braço
pode alcançar
e nesse espaço feito a retalho
cada pedaço do seu trabalho
lembra o percurso da nossa vida
onde a porção parece incerta
mas participa na descoberta
de ser no todo mais percebida.
- poema de Jorge Castro
novembro 14, 2008
as avaliações - falemos claro
Uma inverdade, quando não uma mentira, de tantas vezes repetida tende a levar-se à conta de verdade, como é sabido.
Vem isto a propósito da «guerra das avaliações» que o Ministério da Educação de Sócrates quer, à força e com desatino, impôr aos professores. Pergunto-me porquê e para quê...
Ninguém fala de conteúdos lectivos, de falta de condições elementares nos estabelecimentos de ensino públicos, por onde passa a devastadora carência de pessoal não docente, das misérias sociais que «obrigam» os pais a armazenarem os filhos cada vez por mais tempo nas escolas... Não, dessas minudências não se fala!
Interessa, sim, a avaliação dos professores, ou o método para tal (des)dita.
De tanto se bater com a picareta argumentativa, todos - Ministério, sindicatos e os próprios professores, passando pelos habituais «fazedores de opinião» - parecem assumir que a avaliação, uma qualquer, melhor ou pior, é que redimirá a tendência de catástrofe para onde se encaminha o ensino público.
Ora, aqui começa e acaba a falácia.
A paranóia da avaliação atravessa há já longos anos o mundo empresarial privado e, já abandonada em muitos locais ou descredibilizada noutros, para que serviu a sua prática?
Para estabelecer novos compadrios, novas acomodações, «lógicas» de tráfico de influências que acirraram rivalidades pessoais em detrimento de eficácias e competências, geralmente em troca dos pratos de lentilhas que fazem correr os arrivistas, estímulo negativo para os cobardes, que ainda se enclausuraram mais dentro dos seus medos...
Mas não serviram para estruturar as empresas através de reconhecidos méritos que as tais avaliações propiciariam, como se poderia pensar nos discursos laudatórios dos seus mentores.
Quem quiser casos concretos, venha até cá, que tenho muitos e bons para sustentar as afirmações precedentes.
E é, então, esta panaceia que faz correr os neo-liberais no governo da nação? É a comparação entre um docente de uma escola de um bairro problemático com um outro de uma escola frequentada por filhos de ministros - se é que algum ainda tem filhos no Ensino Público!... - que nos vai levar ao céu?
Tenham lá santa paciência, mas não é, definitivamente, para isto que eu ando a pagar impostos!
*
Deixo-vos com um pequeno momento de lucidez, daquela que a Maria de Lourdes Rodrigues está a promover no Ensino Público:
Redassão: 'O mano'
Quando eu tiver um mano,
vai-se chamar Herrar,
porque Herrar é o mano.
Fin.
novembro 11, 2008
um voto a menos...
Poderá parecer desnecessário ou excessivo voltar-se, uma e outra vez, à questão do Ensino, em Portugal, e a sua correlação com o actual quadro governativo, com especial incidência no elenco do Ministério da Educação.
Mas não. Porque tudo está longe de se apaziguar e está em causa, na verdade, o futuro do País, o qual não tem hora nem lugar para ser tratado, porque essa hora e esse lugar são sempre.
Como é sabido, não sou professor. Mas vivo com uma professora e tenho-me na conta de bom observador.
Uma professora das tais que gosta de ensinar, que sempre encarou a docência como uma arte nobre, que se desdobra e multiplica em acções de apoio aos seus alunos, nas mais variadas vertentes em que esse apoio possa ter lugar. Dessas que cultivam e encaram a absorção e aplicação de conhecimentos por parte dos seus alunos como o seu objectivo maior de vida, mais do que como mero desígnio profissional.
Como ela - e até por força do convívio com a classe docente que aquela minha relação facilita - tenho conhecido número incontável de professores que assumem que, para além da profissão, o seu dia-a-dia tem foros de missão, cientes da influência que o seu exemplo pode significar nas jovens vidas que lhes são confiadas.
Tenho assistido, de muito perto, não apenas naquela qualidade, mas também como pai, participativo e atento, aos tratos de polé a que os professores sempre foram sujeitos; à falta de qualidade - e de dignidade elementar! - das suas condições de trabalho; aos parcos vencimentos pagos a quem tanto se exige, etc., etc.
E arrogo-me o direito de generalizar pela positiva, pois estou bem ciente de que as «ovelhas ronhosas» da classe docente - que as há, como em todas as classes profissionais, e também tive oportunidade de tropeçar com elas - constituem desprezível minoria.
É neste contexto que, enquanto cidadão português e perante a enormidade aberrante das políticas e práticas de certa gentinha que se alcandorou ao governo de Portugal, de que as atitudes da ministra da Educação e dos seus secretários são exemplo destacado, me repugna ver o que vejo e ouvir o que ouço.
Tanto mais que se embrulham com a capa do Socialismo, cinicamente invocando um voto popular que traíram sem elementar pudor, Socialismo do qual renegaram conteúdos, práticas e, até, atitudes, assumindo posturas de arrogância, intolerância e inverdade que querem e sabem apoiadas no estado de desinformação que alimentam e da ignorância em que fazem questão de manter grande parte dos seu «súbditos».
Sou, também, socialista, por formação e cultura, se quiserem, sem que para tanto careça de cartão passado aos clientes desses albergues de pedinchice em que se constituíram os «grandes partidos».
Por isso mesmo, aqui declaro, desde já e para quem interessar possa, que Sócrates - que, de socialista, não terá nem os chinelos de quarto - não contará com o meu voto, em circunstância alguma, em processo eleitoral algum.
Essa é uma das minhas armas. E há capitais de confiança que, uma vez perdidos, são irrecuperáveis.
Por extensão, mal vai o PS ao albergar tais abencerragens no seu seio... e, ainda por cima, dirigentes. Em direcção a quê?
novembro 10, 2008
As Caldas da Rainha, a Farândola... e os professores
Pois decorreu muito bem a apresentação da Farândola do Solstício, lá pelas Caldas da Rainha, na Livraria Martins Fontes, no passado dia 8 do corrente.
Agradecimentos à Cristina Horta, pela amável apresentação do autor; à Teresa Perdigão, pela apresentação interessantíssima da obra; à Fernanda Frazão, mais do que representando a Apenas Livros, uma amiga; ao Rui Calisto, simpático anfitrião; à Comunidade de Leitores das Caldas da Rainha, nas pessoas da Palmira e do Carlos Gaspar, sempre incansáveis; ao João Pequito, amigo e companheiro dos tempos de que se fala no livro... E a quantos mais me honraram com a presença e participação.
A festa foi apenas e muito ao de leve ensombrada pela ausência - mais do que justificada - de muitos professores que conto entre os meus amigos das Caldas da Rainha. Malhas que o calendário tece...
Eu próprio, longe de deter dons de ubiquidade, me vi impedido de participar solidariamente na gigantesca manifestação que teve lugar em Lisboa.
Porque, meus amigos, é disso mesmo que se trata: esta luta não é só dos professores. É de toda a sociedade. O que se discute não é uma mera avaliação, mas sim o futuro da qualidade do Ensino público em Portugal.
E a questão do Ensino toca a todos. Pobres dos néscios que se deixam convencer de que estas questões não lhes dizem respeito. Quando menos esperarem, descobrem que, longe de viverem num país, estão é acorrentados às galés da intolerância, da incompetência e do posso-quero-e-mando. Então, como é bom de ver, será tarde para lamentos.
novembro 05, 2008
Farândola do Solstício
apresentação nas Caldas da Rainha
convite
Por iniciativa e amável convite da Comunidade de Leitores das Caldas da Rainha, farei uma apresentação do meu livro Farândola do Solstício - memórias de infância por terras de Miranda, no próximo dia 08 de Novembro, sábado, pelas 16h30, na Livraria Martins Fontes (Portugal), sita na Rua Miguel Bombarda, 49 A, nas Caldas da Rainha, para a qual muito gostaria de contar com a vossa presença.
Já sei que para algumas das amizades que agora convoco não haverá possibilidade de estarem fisicamente presentes, mas, ainda assim, cumpre-me dar-lhes conta, em forma de convite, desta iniciativa, pelas razões que o afecto sustenta.
A sessão contará com a presença de Teresa Perdigão, antropóloga, representante do IELT - Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, e de Fernanda Frazão, representando a Editora Apenas Livros, para além de representantes da Comunidade de Leitores das Caldas da Rainha e da Livraria Martins Fontes. Claro que eu também tenciono estar presente...
Convido-vos, pois, para mais este encontro de amizades, num espaço simpático e inovador, nessa terra que acolheu os meus primeiros passos nestas artes de juntar palavras com um carinho e entusiasmo que me ajudaram a convencer de que valia a pena perseverar.
Também, muitos de vocês terão já a Farândola... Mas as Caldas da Rainha são um bom destino para um passeio de fim de semana e um abraço é coisa de que, cada vez mais, vamos sentindo a falta.
Aqui deixo o meu, virtual, esperando pelo próximo sábado para vos dar um outro, mais substantivo.
Jorge Castro
- Nessa data decorrerá a manifestação de professores, em Lisboa, com a qual estou absolutamente solidário, ainda que lamente razões que a razão desconhece e que levaram à alteração da sua data de 15 para 8 de Novembro.
novembro 04, 2008
quadras soltas...
de migalhães vendilhão
de caixeiro viajante
de pavor na educação
de consumado tratante
de ricaço ganha pão
de saúde perturbante
de discurso maganão
de boleia do tunante
de economia no chão
de forças periclitante
de não ser sim nem ser não
de ser a posta restante
assim vai esta nação
em socrático levante
fora de pé e de mão
pelo inferno de Dante
Arquivo:
janeiro 2004
fevereiro 2004
março 2004
abril 2004
maio 2004
junho 2004
julho 2004
agosto 2004
setembro 2004
outubro 2004
novembro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
março 2006
abril 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
setembro 2007
outubro 2007
novembro 2007
dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
outubro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
abril 2010
maio 2010
junho 2010
julho 2010
agosto 2010
setembro 2010
outubro 2010
novembro 2010
dezembro 2010
janeiro 2011
fevereiro 2011
março 2011
abril 2011
maio 2011
junho 2011
julho 2011
agosto 2011
setembro 2011
outubro 2011
novembro 2011
dezembro 2011
janeiro 2012
fevereiro 2012
março 2012
abril 2012
maio 2012
junho 2012
julho 2012
agosto 2012
setembro 2012
outubro 2012
novembro 2012
dezembro 2012
janeiro 2013
fevereiro 2013
março 2013
abril 2013
maio 2013
junho 2013
julho 2013
agosto 2013
setembro 2013
outubro 2013
novembro 2013
dezembro 2013
janeiro 2014
fevereiro 2014
março 2014
abril 2014
maio 2014
junho 2014
julho 2014
agosto 2014
setembro 2014
outubro 2014
novembro 2014
dezembro 2014
janeiro 2015
fevereiro 2015
março 2015
abril 2015
maio 2015
junho 2015
julho 2015
agosto 2015
setembro 2015
outubro 2015
novembro 2015
dezembro 2015
janeiro 2016
fevereiro 2016
março 2016
abril 2016
maio 2016
junho 2016
julho 2016
agosto 2016
setembro 2016
outubro 2016
novembro 2016
dezembro 2016
janeiro 2017
fevereiro 2017
março 2017
abril 2017
maio 2017
junho 2017
julho 2017
agosto 2017
setembro 2017
outubro 2017
novembro 2017